“Sociedade capitalista, cabelo ruim está na mente dos racistas.” Foi com esse grito de guerra que cerca de 50 pessoas chegaram até a frente do Colégio Internacional Anhembi Morumbi, no Brooklin, na zona sul de São Paulo. O protesto ocorreu nessa terça-feira (13) em apoio ao caso de Ester Cesário, 19, estagiária da instituição desde o início de novembro. No dia 24 do mesmo mês, ela denunciou ter sofrido racismo de uma diretora do colégio.
“Por que você usa o cabelo assim?”, fala Yaisa Alves, também do coletivo, reproduzindo uma das perguntas mais frequentes. “Se vivêssemos em uma sociedade livre, não precisaríamos explicar. Parece que o natural é não ser natural, como se o normal fosse alisar os cabelos e não deixá-los crespos. Isso está errado.” Elas acreditam que aceitar o seu cabelo é o primeiro passo para uma consciência política e para a desconstrução desse estereótipo eurocêntrico."
Conversamos com Semayat sobre as ações do projeto Tecendo e Trançando Arte em 2011 e também sobre as questões norteadoras do coletivo, principalmente no que diz respeito à auto-estima de mulheres negras e o quanto o cabelo crespo é depreciado.
Leia o artigo na íntegra clicando aqui.
* Semayat Oliveira, 23, é correspondente comunitária da Cidade Ademar para o blog Mural.
* O blog Mural é produzido por algumas dezenas de correspondentes comunitários que moram na periferia da Grande São Paulo e arredores.
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